segunda-feira, 28 de maio de 2018

Meta de Relacionamento


Tarde de domingo. Você está ali, deitada em sua cama, entediada e, ao mesmo tempo, pensando na semana que está prestes a se iniciar. Então, resolve abrir o Instagram. Rola tela abaixo, curte algumas fotos, tudo numa repetição de movimentos praticamente fordista, e eis que descobre uma verdade um tanto quanto perturbadora: aquele casal famoso que você tanto admirava havia se separado. Poxa, mas eles eram tão felizes. Será?

Dia destes vi que uma conhecida havia postado foto com um rapaz desconhecido para mim. Ué, ela e o Marcos terminaram? Mas eles formavam um casal tão bonito, bacana e divertido, e estavam há tanto tempo juntos. Eram daqueles em que a gente meio que sente aquela invejinha branca, sabe? Meio comercial de margarina. Daqueles que poderiam muito bem colocar um #metaderelacionamento em cada foto que todos compraria a ideia (eu, inclusive).

Mas a coisa não é bem assim. Aquela foto perfeita de um casal feliz pode esconder intrigas que jamais serão escancaradas nas redes sociais. Aquela foto com a praia sendo pano de fundo e um sorriso libertador pode camuflar uma relação desgastada, cheia de ciúme, possessividade, controle e jogos psicológicos infindos. Aquele casal que você coloca como meta de relacionamento pode ser qualquer coisa, exceto perfeito. Aliás, ninguém é.

A verdadeira meta de relacionamento é aprender a dar valor a quem te fará sorrir muito mais do que chorar; te incentivará a ser alguém melhor; te apoiará em qualquer decisão, mesmo que ela não concorde; será seu/sua melhor amigo/a; te respeitará, acima de tudo. Não estou dizendo que não se pode admirar - ou até mesmo se inspirar, por que não? - em fotos bacanas de casais. O problema está em focar apenas nas poses e se esquecer do que é real. Afinal, somos todos perfeitos em nossa imperfeição, e relações deveriam ser uma consequência, e não um objetivo.